O papa Bento 16 defendeu, uma semana antes da reunião do G-8 na Itália, que um governo mundial regulador e controlador seria a solução para os problemas econômicos, sociais e políticos do mundo. A afirmação está na sua mais nova Encíclica, Caritas in Veritae.
Vaticano defende governo mundial
Papa Bento 16 declara apoio em sua mais recente Enciclica
O papa Bento 16 defendeu, uma semana antes da reunião do G-8 (o grupo dos oito paises mais ricas do mundo) ocorrida na Itália, que um governo mundial regulador e controlador seria a solução para os problemas econômicas, sociais e políticos do mundo.
A afirmação está. na Encíclica Caritas in Veritae, no capitulo V; parágrafo 67: "Para sanar as economias atingidas pela crise de modo a prevenir o agravamento da mesma e em conseqüência maiores desequilíbrios; para realizar um oportuno e integral desarmamento, a segurança alimentar e a paz; para garantir a salvaguarda do ambiente e para regulamentar os fluxos migratórios, urge a presença de uma verdadeira Autoridade política mundial".
Ou seja, o Vaticano definitivamente entrou no grupo dos que, seguindo o espírito desse tempo, preparam, consciente ou inconscientemente, o cenário para o advento do Anticristo, que e apresentado na Bíblia como o líder de um futuro governo mundial controlador e regulador (Ap 13.16-17) que será aceito por todo o planeta, o que subtende que o próprio Vaticano devera aceitar sua autoridade.
Em seus argumentos, Bento 16 lembra que a tese pro - governo mundial não e nova no Vaticano, pois o papa João 23 chegou a defender o mesmo nos anos 60 (Endclica Pacem in terris, 1963). Bento ainda defende que "a referida Autoridade [política mundial] deverá ser reconhecida por todos" e "gozar de poder efetivo para garantir a cada um a segurança observância da justiça, o respeito dos direitos".
Mas, como assim "poder efetivo"? Ele explica: "Deve gozar da faculdade de fazer com que as partes respeitem as próprias decisões, bem como as medidas coordenadas e adoradas nos diversos fóruns internacionais". Isto e, o governo mundial terá poder de coerção para que as decisões tomadas nos fóruns internacionais dirigidos por essa autoridade, sejam cumpridas.
Para que isso aconteça, Bento 16 defende o fortalecimento da Organização das Nações Unidas através de urna "urgente reforma” para que a ONU possa intervir mesmo, com poder efetivo, nas relações políticas e econômicas entre os países.
O papa defende também que seja criado um "ordenamento político, jurídico e econômico mundial que incremente e guie a colaboração internacional para o desenvolvimento solidário de todos os povos".
Argumenta Bento 16 que "0 desenvolvimento integral dos povos e a colaboração internacional exigem que seja instituído um grau superior de ordenamento internacional de tipo subsidiário para o governo da globalização e que se de finalmente atuação a urna ordem social". Descrevendo o padrão moral dessa futura ordem social, o papa afirma que ela deve existir "conforme a ordem moral e aquela ligação entre esfera moral e social, entre política e esfera econômica e civil, que aparece já perspectivada no Estatuto das nações Unidas".
O atual Estatuto da ONU, que traz um esboço do futuro governo mundial, já contém, segundo o próprio Bento 16, os princípios morais necessários para nortear esse Estatuto Mundial a ser criado. Basta o futuro Estatuto Mundial manter esses princípios e tudo estaria bem.
Bento 16 afirma que "a referida Autoridade política mundial devera regular-se por esse direito", isto é, por esse ordenamento jurídico mundial a ser implantado e que devera abarcar tanto as questões políticas quanto econômicas do mundo.
Com base nesse ordenamento a ser criado, a tal ''Autoridade política mundial" se orientara "para a consecução do bem comum, comprometendo-se na realização de um autentico desenvolvimento humano integral".
Bento 16 justifica sua tese afirmando ainda que "se isso [esse ordenamento jurídico mundial a ser criado e implantado] faltasse, o direito internacional, não obstante os grandes progressos realizados nos vários campos, correria o risco de ser condicionado pelos equilíbrios de poder entre os mais fortes".
Ou seja, para que haja justiça no mundo, todos os paises, "fortes" ou "fracos", devem estar sob a regência dessa "Autoridade política mundial, legitimada por esse futuro ordenamento jurídico. 0 cenário para a ascensão do Anticristo esta sendo preparado, com aquiescência do Vaticano.
Fonte: Jornal Mensageiro da Paz – Ed. Agosto 2009 – P. 13
Com este discurso se acentua mais ainda a capacidade reacionária dos pentecostais. Esta postura de casulo afirma mais uma vez a capacidade que os pentecostais tem de procurar chifre na cabeça de cavalo. Lembro-me de um livro publicado pela CPAD que naquela época os planetas estavam sendo alinhados, e logo saiu o livro: "O Alinhamento dos Planetas". Com este título o autor defendeu a volta de Cristo eminente. Mais uma vez eles tomam a frente promovendo terrorismo com os ignorantes e incultos da denominação.
ResponderExcluirTambém acho que emoção e fundamentalismo bíblico não funcionam em harmonia. Mas, permito-me discordar do colega Pr Alonso de que os comentários produzidos a partir do texto da Encíclica in causa sejam uma manifestação reacionária.
ResponderExcluirIgnorar o tema ou menosprezar-lhe os desdobramentos e clara vinculação com textos bíblicos é estar de costas para a realidade, ou fazer-lhe ouvidos de mercador.
Ou, mero preconceito denominacional, o que vai na contra-mão da visão de Reino que já tomou conta dos batistas. Tenho sido sistematicamente convidado para eventos e reuniões, conferências missionárias deles. Aceito sempre, e compareço. E o reavivamento é REAL, buscado e recebido. Mas, respeito os xiitas, naturalmente.