quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Vaticano defende governo mundial

Vaticano quer governo mundial
O papa Bento 16 defendeu, uma semana antes da reunião do G-8 na Itália, que um governo mundial regulador e controlador seria a solução para os problemas econômicos, sociais e políticos do mundo. A afirmação está na sua mais nova Encíclica, Caritas in Veritae.


Vaticano defende governo mundial
Papa Bento 16 declara apoio em sua mais recente Enciclica

O papa Bento 16 defendeu, uma semana antes da reunião do G-8 (o grupo dos oito paises mais ricas do mundo) ocorrida na Itália, que um governo mun­dial regulador e controlador se­ria a solução para os problemas econômicas, sociais e políticos do mundo.

A afirmação está. na Encíclica Caritas in Veritae, no capitulo V; parágrafo 67: "Para sanar as economias atingidas pela crise de modo a prevenir o agra­vamento da mesma e em conseqüência maiores desequilíbrios; para realizar um oportuno e inte­gral desarmamento, a segurança alimentar e a paz; para garantir a salvaguarda do ambiente e para regulamentar os fluxos migratórios, urge a presença de uma verdadeira Autoridade política mundial".

Ou seja, o Vaticano definitivamente entrou no grupo dos que, seguindo o espírito des­se tempo, preparam, consciente ou inconscientemente, o cenário para o advento do Anticris­to, que e apresentado na Bíblia como o líder de um futuro go­verno mundial controlador e re­gulador (Ap 13.16-17) que será aceito por todo o planeta, o que subtende que o próprio Vaticano devera aceitar sua autoridade.

Em seus argumentos, Bento 16 lembra que a tese pro - governo mundial não e nova no Vatica­no, pois o papa João 23 chegou a defender o mesmo nos anos 60 (Endclica Pacem in terris, 1963). Bento ainda defende que "a refe­rida Autoridade [política mun­dial] deverá ser reconhecida por todos" e "gozar de poder efetivo para garantir a cada um a segu­rança observância da justiça, o respeito dos direitos".

Mas, como assim "poder efetivo"? Ele expli­ca: "Deve gozar da faculdade de fazer com que as partes respeitem as próprias decisões, bem como as medidas coordenadas e adoradas nos diversos fóruns internacio­nais". Isto e, o governo mundial terá poder de coerção para que as decisões tomadas nos fóruns internacionais dirigidos por essa autoridade, sejam cumpridas.

Para que isso aconteça, Bento 16 defende o fortalecimento da Organização das Nações Unidas através de urna "urgente reforma” para que a ONU possa intervir mesmo, com poder efetivo, nas relações políticas e econômicas entre os países.

O papa defende também que seja criado um "ordenamento político, jurídico e econômico mundial que incre­mente e guie a colaboração inter­nacional para o desenvolvimento solidário de todos os povos".

Ar­gumenta Bento 16 que "0 desenvolvimento integral dos povos e a colaboração internacional exi­gem que seja instituído um grau superior de ordenamento inter­nacional de tipo subsidiário para o governo da globalização e que se de finalmente atuação a urna ordem social". Descrevendo o padrão moral dessa futura ordem social, o papa afirma que ela deve existir "conforme a ordem moral e aquela ligação entre esfera mo­ral e social, entre política e esfera econômica e civil, que aparece já perspectivada no Estatuto das nações Unidas".

O atual Estatuto da ONU, que traz um esboço do futuro governo mundial, já contém, segundo o próprio Bento 16, os princípios morais necessários para nortear esse Estatuto Mundial a ser criado. Basta o futuro Estatuto Mundial manter esses princípios e tudo estaria bem.
Bento 16 afirma que "a refe­rida Autoridade política mundial devera regular-se por esse direito", isto é, por esse ordenamento jurídico mundial a ser implantado e que devera abarcar tanto as questões políticas quanto econômicas do mundo.

Com base nesse orde­namento a ser criado, a tal ''Auto­ridade política mundial" se orien­tara "para a consecução do bem comum, comprometendo-se na realização de um autentico desen­volvimento humano integral".

Bento 16 justifica sua tese afirmando ainda que "se isso [esse ordenamento jurídico mundial a ser criado e implan­tado] faltasse, o direito interna­cional, não obstante os grandes progressos realizados nos vários campos, correria o risco de ser condicionado pelos equilíbrios de poder entre os mais fortes".

Ou seja, para que haja justiça no mundo, todos os paises, "fortes" ou "fracos", devem estar sob a regência dessa "Autoridade política mundial, legitimada por esse futuro ordenamento jurídico. 0 cenário para a ascensão do Anti­cristo esta sendo preparado, com aquiescência do Vaticano.

Fonte: Jornal Mensageiro da Paz – Ed. Agosto 2009 – P. 13